quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O papel da inclusão digital na gestão escolar


Não podemos mais compreender o trabalho de gestão escolar apenas como aquele que controla o orçamento, mantém a disciplina, coordena professores e pessoal administrativo e garante o cumprimento dos dias letivos. Temos que pensar num modelo de administração integrado às questões pedagógicas, em que todas as ações devam focar a educação que se quer produzir na escola, sob a ótica de uma gestão democrática e participativa.
Para que o trabalho do gestor seja mais organizado e transparente para toda a comunidade escolar, o uso das TIC, é essencial, pois possibilita disponibilizar um grande número de dados com transparência, prestar contas, controlar as notas de alunos, a presença dos professores, discutir propostas para a escola, “ouvir” opiniões e principalmente permitir que as informações sejam colocadas em rede aberta, para que todos realmente possam acompanhar e sugerir dentro do ambiente escolar, considerando como objetivo principal o desenvolvimento do ensino e aprendizagem.
Além disso, o gestor é preciso ter domínio da internet e de programas de edição de texto, de apresentação de dados e de tabulações, pois são recursos essenciais que utilizará no seu dia-a-dia na Unidade Escolar, e que possibilita uma transmissão mais coesa de seu trabalho.
É nesse contexto que surge a importância da formação em Tecnologias Educacionais não só para o professor, diretor, coordenador, mas também para todos os funcionários, para que a tecnologia não seja utilizada só em sala de aula, mas faça parte do coletivo. Ninguém pode ficar de fora da inclusão digital na escola, e a função do gestor é envolver todos nesse processo.
Na prática, é preciso que todos atribuam sentido aos equipamentos em seu trabalho. E só a partir do momento em que incorporamos as novas mídias que valorizamos seu uso. Temos hoje boas bases informatizadas que foram criadas pelas próprias Secretarias de Educação com o intuito de facilitar o acompanhamento de dados escolares, como desempenho de alunos, índices de aprovação e evasão, além de outras opções que a internet possibilita.
No entanto, de nada adianta o diretor alimentar essas bases se, quando alguém solicita alguma informação, ele acha mais fácil procurar num papelzinho. Sendo assim, é necessário produzir um site como um espaço de diálogo de toda a comunidade escolar, para que nele divulgue as reuniões, os eventos para atrair a atenção dos pais e, com essa interação, promovam debates sobre temas ligados à escola.
Por exemplo, a reorganização do Projeto Político Pedagógico, tem a possibilidade de ser organizado utilizando-se dessa ferramenta, pois podemos desenvolver as etapas passo a passo, fazendo o planejamento e compartilhando o registro com a comunidade escolar.
Além de permitir que os pais acompanhem a vida escolar dos alunos, crie grupos de aprendizagem e ofereça a formação continuada aos professores, tudo via internet. Como os encontros presenciais são cada vez mais difíceis hoje em dia por causa da falta de tempo, devemos aproveitar a tecnologia para promover essas reuniões virtuais.
Temos percebido que a participação em reuniões do Conselho Escolar ou APMs, estão cada vez mais difíceis, sendo assim ações isoladas e desarticuladas são apenas paliativas e pouco eficazes, o que não contribui para uma gestão realmente democrática.
Se quisermos ter ações educacionais produtivas, com crianças motivadas e participativas, com professores competentes e dedicados, gerando aulas criativas e interessantes, com recursos financeiros, tecnológicos, participação efetiva dos membros da comunidade escolar, devemos analisar a forma como a escola é dirigida.
E sem duvida nenhum a inclusão digital é uma ferramenta de extrema importância para que a participação da comunidade escolar seja realmente eficaz, para contribuir com uma gestão democrática.
Para isso acredito que algumas iniciativas devem ser tomadas pela direção da escola, tais como, propiciar o desenvolvimento da autonomia aos professores e pedagogos para buscarem e proporem soluções para os problemas que afetam a qualidade de ensino desenvolvida pela escola. Deve-se considerar aqui o local onde a escola está inserida, as suas necessidades, a cultura local, os recursos disponíveis e a forma como são utilizados.
Além de estimular a participação geral nas questões político-pedagógico e na criação de grupos de trabalho, capazes também de tomar decisões visando à otimização e produtividade dos espaços escolares, principalmente quanto à utilização dos recursos físicos e tecnológicos por toda a comunidade escolar.
O diretor, que continua tendo um papel essencial, fica com a missão de identificar e mobilizar os diferentes talentos na escola e comunidade para que as metas sejam cumpridas e, principalmente, conscientizar todos para a importância da contribuição individual e coletiva para a qualidade do todo.


Autora: Cláudia de Alcântara Oliveira Pereira

A web 2.0 e a educação

Web 2.0 e educação
O conceito sobre o termo web 2.0 seria pensar em uma internet mais interativa. Não posso chamar de novo conceito, pois já foi lançada desde 2003, ou seja já a mais de 10 anos por por Tim O’Reilly e aumentou a interatividade, através de chats , mobile, EAD, plataformas de avaliações, sites de relacionamentos e mídias sociais etc. Diante disto só vem acrescentar a educação e ao uso de informações e capacitações através de EAD. 
Dentre as várias ideias ela trás o usuário não como um ser passivo aos conteúdos expostos nas páginas da web, mas sim ativo, podendo interagir e alterar, mesmo que o conteúdo tenha sido produzido por outros usuários.
Além disso, essa se baseia no desenvolvimento de uma rede de informações onde cada usuário pode não somente usufruir, mas sim, contribuir. O exemplo mais claro dessa característica é a Wikipédia, onde cada usuário tem a oportunidade de adicionar informações livremente.
Web 2.0 é um termo usado para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a Web e através de aplicativos baseados em redes sociais e tecnologia da informação. Ela aumentou a velocidade e a facilidade de uso de diversos aplicativos, sendo responsáveis por um aumento significativo no conteúdo existente na Internet. 
Com o aparecimento da Web 2.0 muitos sites deixaram de ser estruturas rígidas e estáticas e passaram a ser plataformas onde pessoas podem contribuir com o seu conhecimento para o benefício de outros utilizadores e visitantes. Assim, a Web 2.0 potencia e facilita a obtenção de conhecimento, tendo um impacto na educação.
Um aspecto negativo é que nos dias de hoje, as pessoas não armazenam informações com tanta facilidade e procura na internet toda a informação já processada, o que não estimula o pensamento crítico.
Outro ponto negativo é que alguns estudiosos discordam da tendência Web 2.0, por acharem as informações não confiáveis, devido ao acesso livre e de fácil alteração, mas o crescimento da procura e criação de sites e serviços que exploram a Web 2.0, comprova a sua funcionalidade no ambiente virtual.
E realmente já podemos perceber que essa plataforma não é um espaço “sem lei”, cada vez mais os responsáveis tem procurado monitorar assuntos que não tem fundamentos ou que não são relacionados ao tema proposto. E nós, enquanto autores colaborativos, devemos respeitar este espaço que só tem a contribuir para o texto de autoria, tão importante para a educação do século XXI, a era em que cada vez mais se dá importância ao texto colaborativo.
Assim como ocorre com várias tecnologias, a Web 2.0 não foi inicialmente criada para ser usada em educação. Entretanto, devido às suas características de software livre, fácil manuseio e autoria coletiva, a Web 2.0 é considerada inovadora e os recursos relacionados a essa tecnologia vêm sendo cada vez mais utilizados em práticas de ensino, aprendizagem e pesquisa.
Vale ressaltar que inúmeros trabalhos postados na Web 2.0 são de referências e confiabilidade relevante, propiciando a socialização de trabalhos acadêmicos antes encontrados somente nas bibliotecas das instituições de ensino. Sendo assim, agora as produções científicas e outras atividades transcendem aos muros das faculdades.
Ela se conceitua no âmbito essencialmente online. Desta forma, atividades que antes eram feitas de forma off-line, com o auxílio de tradicionais programas vendidos em lojas especializadas, passam a ser feitas de forma online, com o uso de ferramentas gratuitas e abertas a todos os usuários.
          Podemos comparar a WEB 2.0 com uma gestão efetivamente democrática. Onde todos podem participar, não somente usufruir, mas também contribuir. É o aproveitamento da inteligência coletiva. 
É verdade que todos os professores, independente da disciplina ministrada podem se beneficiarem do uso de elementos disponíveis na internet, como blogs, chats, fóruns de discussão, Wikipédia e outros. Além de muitos serem gratuitos, bastando apenas se cadastrar para ter acesso e publicar o conteúdo desejado, a inclusão digital é uma realidade cada vez mais presente não só nas escolas como também na casa dos brasileiros.
A WEB 2.0 oportunizou um conjunto de ferramentas que se apropriadas pelos educadores e integradas ao currículo escolar possibilita formas mais efetivas de ensinar, de se trabalhar conteúdos curriculares e ao aluno o acesso a uma escola do seu tempo, com conteúdos atuais, e chamativos, pois é constante o relato de educadores, dizendo que os alunos não se interessam pelas aulas.
O uso das ferramentas da WEB 2.0 contribui para potencializar os processos de ensino e de aprendizagem dos alunos, permitindo-lhes não só aprender com o uso das TICs, mas delas se apropriarem para utilizá-las a seu favor e a favor do outro.
Atualmente a escola vive uma dicotomia, uma separação do que se vive dentro e fora da escola. Ela precisa estar online para existir, para aprender, para dar e receber e nesse sentido a Web 2.0 pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para atenuar essa a separação entre o que há na escola e o que há fora dela, cada vez mais dominado pelo acesso aos serviços proporcionados por meio da Internet. A integração de várias dessas ferramentas na prática educativa possibilita que os alunos se envolvam no processo de ensino e aprendizagem tornando-os produtores do seu próprio conhecimento. O simples fato de poderem escrever online é estimulante para os alunos, pois passam a ser muito mais empenhados e responsáveis pelas suas publicações. É diante desse contexto, que a Web 2.0 é uma oportunidade de aprendizagem significativa no ambiente escolar, pois pode contribuir para melhoria da qualidade de ensino e atenuar a separação entre a escola e o meio envolvente, cada vez mais dominado pelo acesso aos serviços proporcionados através da internet. Tratar de tecnologias na escola engloba, na verdade, a compreensão dos processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que embarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção (ALMEIDA, 2005).
Outra questão importante diz respeito à relação entre os gestores das unidades educacionais e o uso das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ambiente escolar.
Embora já esteja claro que as escolas só tenham a ganhar com o uso das TICs, tanto do ponto de vista pedagógico como do ponto de vista organizacional, ainda há um problema entre a compreensão da necessidade desse uso e a implementação efetiva dessas novas tecnologias na escola.
O uso das novas tecnologias que, em um primeiro momento, se parece com um complicador a mais na árdua tarefa de gestão do ambiente escolar, acaba se mostrando uma solução simplificadora na medida em que pequenas ações vão se somando e produzindo uma escola mais dinâmica, com um ensino de melhor qualidade e uma gestão menos complexa.
O que se observa é que alguns gestores tem dificuldade em lidar com essas novas tecnologias e isso lhes dá, assim como dá ao corpo docente, a falsa impressão de que a tecnologia é um complicador a mais e, por isso, quanto menos tecnologia mais simples será o processo de gestão da escola, mas, esse é um erro conceitual.
Escolas que realmente fazem uso das novas tecnologias e modernizaram tanto a prática pedagógica quanto os processos administrativos descobriram que é possível realizar as mesmas tarefas que antes com um esforço muito menor e, além disso, perceberam que as novas tecnologias também criam novas possibilidades que não existiriam sem elas.
Investir no uso das novas tecnologias não necessita de elaboração de projetos mirabolantes e nem a necessidade de recursos exorbitantes. Esse investimento pode ser gradual, com pouco ou nenhum recurso, e não precisa estar atrelado a um projeto específico do Departamento de Educação, da Diretoria de Ensino ou de alguma instituição paralela.
O gestor não precisa ter um grande domínio da tecnologia para implementar essas ações e gerir esse plano, mas precisa ter sensibilidade para procurar na própria escola e na comunidade as pessoas que têm uma proximidade maior com essas tecnologias e delegar a elas as tarefas que requerem implementações práticas.
Cabe ao gestor o papel de criar e manter condições para que essa equipe possa trabalhar com autonomia e disponibilidade de recursos, sendo o ingrediente fundamental para o sucesso desse trabalho apenas a predisposição dos gestores ao uso das TICs.

Referências Bibliográficas:
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Gestão de tecnologias na escola: possibilidades de uma prática democrática. Boletim Salto para o Futuro: Série integração de tecnologias, linguagens e representações. Brasília:MEC, SEED, 2005. disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2005/itlr/tetxt2

http://www.brasilescola.com/informatica/web-20.htm/ acesso no dia 25 de novembro de 2014.

http://www.significados.com.br/web-2-0/> acesso no dia 10 de dezembro de 2014. 


Autores:
Cláudia de Alcântara Oliveira Pereira

Eliana da Costa Caffer Markies

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Princípios Educacionais

Reunião do Conselho de Escola
        A Escola da rede Municipal de ensino de Ribeirão Corrente Farid Salomão, entende que para que o compromisso com a ação educativa se concretize é necessário que toda ação esteja pautada nos princípios abaixo elencados:
ü  Ação - Reflexão - Ação
Levando em conta a dimensão prática que deve existir, esse princípio enfatiza que todo fazer implica uma reflexão. Assim, toda ação deverá gerar uma reflexão e uma nova ação. O professor deverá utilizar procedimentos de observação, reflexão e registro destas observações e para isso deverá contar com a valiosa ajuda das teorias educacionais.
ü  Conhecimento prévio e aprendizagem significativa
Todo conteúdo deve privilegiar atividades que levem em conta as experiências prévias dos alunos e estabelecer relações entre o conhecimento e situações da vida prática. Através da contextualização dos conteúdos relacionados ás experiências do cotidiano, esse princípio também proverá o relacionamento da teoria e prática.
ü  Resolução de situações problema
O processo de ensino/aprendizagem baseado em situações problema, está organizado em torno da proposição de desafios e dos possíveis caminhos que os alunos possam dispor para a superação dos obstáculos e para a resolução do problema. Nestas situações os alunos deverão ser encorajados a buscar conhecimentos anteriores, de maneira a elaborarem novas ideias.
Nas estratégias centradas nas situações problemas, os alunos são levados a participar de um esforço coletivo para elaborar um projeto e construir novas competências.
ü  Relação Teoria Prática
Entende-se que teoria e prática se retroalimentam, ou seja, a teoria oferece suporte para que a prática possa ser analisada e compreendida. Em contraposição, a prática fornece elementos para que o corpo teórico se estruture. Assim, devem-se privilegiar estratégias de integração teoria e prática, em que as práticas docentes sejam continuamente chamadas a serem pensadas à luz da teoria. Essa relação deverá permear também o processo ensino aprendizagem, em que os alunos deverão ser alertados sobre a importância das teorias que foram elaboradas sobre o conhecimento.
ü  Cooperação
Contrapondo a tendência individualista e competitiva imposta pela sociedade pós - moderna, as atividades coletivas na escola, deverão fortalecer a interação entre os pares, estimulando a colaboração e a participação ativa.
A interação entre os alunos para desenvolver atividades de pesquisa, discussões de temas, construção de projetos ou trabalhos em grupo, favorece aqueles cuja capacidade de aprender através de ações concretas é mais acentuada, o que a intervenção isolada do professor, muitas vezes, não alcança.
ü  Autonomia
A capacidade de pensar por si mesmos, sem serem conduzidos ou dirigidos por outros, e o autocontrole, ao invés do controle externo, são essenciais para o desenvolvimento intelectual e moral. 
Os alunos deverão ser colocados em situações em que tenham que tomar decisões, visando desenvolver o pensamento autônomo, indispensável para o domínio das competências necessárias para o exercício da vida profissional e da inserção social.
ü  Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade é o modo de superar a fragmentação do ensino e exige uma interação entre os docentes, num esforço conjunto de integrar as diversas áreas do conhecimento. Desta forma, os discentes são levados a compreender que os saberes não são dissociados, que se complementam e se integram.
ü  Reflexão sobre a Concepção e Material do Programa Ler e escrever, e EMAI:
Desde 2010, a escola Farid Salomão implantou em parceria com o Estado, o Programa Ler e Escrever do (2º ao 5º ano). No ano de 2011, implantou também nos 1ºs anos, e em 2013 implantou o uso do EMAI (Educação Matemática nos Anos Iniciais).  
O objetivo maior desses programas é possibilitar que os alunos se tornem leitores e escritores competentes, cabendo ao educador à utilização reflexiva do material, a fim de desenvolver as competências necessárias a cada ano e contribuir para que todos os alunos sejam alfabetizados até os 08 anos de idade e articular o processo de desenvolvimento curricular em Matemática, a formação de professores e a avaliação, elementos chave de promoção da qualidade da educação. A concepção do Programa é coerente com a concepção sócio construtivista de aprendizagem.
A avaliação na Escola Municipal Farid Salomão de Ribeirão Corrente, está a serviço do processo educativo e em consonância com os princípios filosóficos, epistemológicos e didático-pedagógicos. Isto significa que a ação avaliativa da instituição escolar deve estar antes de tudo em consonância com uma visão de mundo e de homem.
A maneira como a avaliação é conduzida, sem dúvida expressa à concepção que embasa as práticas educativas.
O sistema de avaliação na unidade escolar está fundamentado numa concepção formativa, valorizando a efetiva aprendizagem qualitativa e não apenas a obtenção de notas. Processa-se de forma contínua, pois o professor acompanhará o desenvolvimento do aluno, através de verificação dos objetivos, utilizando múltiplos instrumentos de avaliação. Baseando-se nas expectativas de aprendizagem para cada ano, bimestralmente, serão elencadas as habilidades que serão trabalhadas durante esse período.
Portanto, a avaliação da aprendizagem será sistemática, continua e qualitativa, de acordo com os objetivos e metas estabelecidas para serem alcançadas durante todo o período, sendo registrada em ficha apropriada, visando acompanhar o desenvolvimento individual do aluno e a melhoria da qualidade de ensino.
O processo de avaliação será realizado por procedimentos externos e internos. A avaliação interna do processo de ensino e de aprendizagem ocorre de duas maneiras: a avaliação dada pelo professor e avaliação da equipe pedagógica. Ambas têm por objetivos:
  • Diagnosticar e registrar os processos do aluno e suas dificuldades;
  • Orientar o aluno quanto aos esforços necessários para superar as dificuldades;
  • Fundamentar as decisões do Conselho de Classe quanto à necessidade de procedimentos de reforço e recuperação da aprendizagem, da classificação e reclassificação de alunos;
  • Orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos conteúdos curriculares.
   Em relação à avaliação proposta pelos professores, os resultados servirão para verificar o rendimento do aluno de forma quantitativa e qualitativa (notas e relatório de desempenho). Os resultados de ambos os processos, fornecerão ao professor dados para apontar quais alunos necessitam ser encaminhados à recuperação contínua e paralela (reforço) e ou atendimento.
       Bimestralmente, são realizados Conselhos de Classe, em que são discutidos os encaminhamentos para os alunos que apresentaram baixo rendimento nas avaliações e são elencadas possíveis ações para minimizar o problema. Após a discussão do conselho os professores preenchem a ficha individual do aluno, apontando os avanços e as dificuldades, bem como os encaminhamentos pertinentes.
       A avaliação externa tem como objetivo avaliar a qualidade da educação das escolas. As Escolas do Município participarão de três avaliações externas do SARESP/IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), da Prova Brasil/ do IDEB (Índice de Educação Básica do Município) e ANA (Avaliação Nacional da Alfabetização).
     No tocante às questões da evasão e da reprovação, as escolas desenvolverão ações voltadas à conscientização dos pais ou responsáveis sobre a postura e o rendimento dos alunos nas avaliações em sala de aula. Um dos momentos mais oportunos para essa ação está na reunião de pais e mestres, na qual são entregues as notas e o total de faltas por componente curricular. Além de um termo para os pais dos alunos com baixa assiduidade, tomarem ciência do direito a educação da criança, e os deveres deles como pai de mandarem as crianças para a escola.
     As escolas têm demonstrado não somente uma preocupação em se interar dos resultados das avaliações externas (PROVA BRASIL E SARESP), como também procurado constantemente estabelecer um estudo comparativo entre tais resultados com aqueles obtidos nas avaliações internas, objetivando sempre constituir estratégias que possam ir ao encontro de um ensino com maior qualidade e inclusão. 
Essas ações acima elencadas se materializam nos HTPCs e também por intermédio de cursos, palestras e oficinas com profissionais da área.  Vale ressaltar que temos na instituição duas horas aulas de Trabalho Pedagógico na semana.
A organização do trabalho pedagógico ocorre, levando-se em consideração:
  • Planejamento anual – relaciona conteúdos (o que vai ensinar), objetivos (porque ensinar), como os conteúdos serão organizados (como ensinar) e como serão avaliados;
  • Planejamento bimestral - habilidades que se pretende que os alunos desenvolvam indicadas por bimestres.
  • Rotina semanal - definição das habilidades que serão trabalhadas durante a semana;
  • Planejamento diário – é o momento de detalhar as atividades, as intervenções, os agrupamentos, a metodologia, a organização do espaço físico e dos recursos didáticos.
Os Projetos da Escola por Série/Ano:
·         1º ano: Projetos Brincadeiras Tradicionais e Um olhar sobre a cultura dos povos indígenas do Brasil;
·         2º ano: Projeto Pé de moleque, canjica e outras receitas juninas: um jeito gostoso de aprender a ler e escrever, Cantigas Populares, Anta, onça e outros animais do Pantanal;
·         3º ano: Projeto Quem reescreve um conto, aprende um tanto, Animais do mar,
·         4º ano: Projetos Meios de Comunicação, Confabulando com fábulas;
·         5º ano: Projeto Uma lenda, duas lendas, tantas lendas e Universo ao meu redor,

Os Macros Projetos da Escola:
·         Projeto “Amor com Amor se paga”
Com o objetivo de resgatar valores esquecidos e necessários à convivência humana, o projeto tem uma moeda fictícia com o nome de “AMOR”, e a cada semana a criança recebe os amores conquistados pelas virtudes aplicadas, onde ao final do ano tem a oportunidade de trocar os amores por brinquedos, de acordo com as próprias conquistas. Esse trabalho foi implantado em 2009.
·         Projeto Leitura:

Os alunos frequentam a biblioteca semanalmente, tem como atividade semanal uma ficha de leitura, todos os dias no inicio das aulas participam de uma leitura, lida pelo professor, passam por uma avaliação de leitura realizada pela coordenadora pedagógica, tudo isso para ter a oportunidade de ler e discutir os diferentes gêneros textuais, desenvolvendo assim a habilidade de leitor competente.  

Caracterização da Unidade Escolar

A Escola Municipal Farid Salomão foi criada com a municipalização do Ensino Fundamental I. Anteriormente as séries iniciais pertenciam à Escola Estadual “Nenê Lourenço”, através da regulamentação da Lei Municipal nº 626, de 1º/02/1999, alterada pela lei Municipal nº 10/12/1999 e 701, de 28/03/2001, a pré-escola, as séries iniciais e posteriormente o Fundamental II, passaram para a Escola Municipal Farid Salomão.
A Escola recebeu o nome de Farid Salomão, por ter sido este um morador antigo de nossa cidade, que organizou em suas terras lotes para serem vendidos e com isso destinou um terreno para que fosse construída uma escola.
Atualmente a escola é subdivida em dois ambientes diferentes, onde a parte administrativa e mais 11 salas de aula funcionam à Rua Marechal Deodoro, 786- Centro – Ribeirão Corrente - SP, atendendo alunos de 1º ao 5º ano, nos períodos matutino, vespertino e noturno com o EJA de 1ª a 4ª série, e a extensão desta funciona à Rua Rita Cândida da Silveira, 1200 – Centro – Ribeirão Corrente- SP, onde atende alunos de 1º ao 5º ano que estudam em período integral.
          Todos os alunos além da base comum contam em sua grade com aulas de música e os alunos de 4º e 5º anos possuem também aula de inglês, já os alunos de período integral no contra turno trabalham com as seguintes disciplinas: Educação e Meio Ambiente, Artesanato, Dança, Natação, Informática, Culinária e Reforço Escolar.
        A clientela atendida nessas Unidades Escolares são, na sua grande maioria, alunos de baixa renda, oriundos da zona urbana e rural, com a maioria dos pais trabalhadores na agricultura, ou como domésticas em casa de família.
         Mas, como já descrito no texto de caracterização do município, são atendidos alunos de todos os bairros da cidade, já que essa é bem pequena, e que possui níveis sociais, étnicos e raciais diferentes, sendo assim há também alguns casos de filhos de sitiantes, funcionários públicos e autônomos.
       A opção religiosa é de 70% católica e os demais se intitulam com evangélicos de diferentes segmentos de igrejas. Esses dados foram obtidos através de pesquisa com as famílias.
         Hoje a escola é vista como uma das responsáveis por geração de atividades na cidade que é bem pacata. Onde os pais na sua maioria acreditam no trabalho que é desenvolvido e esperam que seus filhos saiam com instrução suficiente para se tornarem pessoas bem sucedidas no trabalho e pessoas de bem.
Na maioria dos casos há compatibilidade entre os valores trabalhados pela Escola e as expectativas das famílias, bem como concordância entre normas e costumes estabelecidos pela Instituição frente aos alunos/filhos, na sua preparação efetiva para o exercício pleno da cidadania.
          No entanto, segundo o grupo de discussão, cerca de 25% dos alunos possuem famílias que não se preocupam com a educação dos filhos, onde muitas vezes nem sabem se o aluno veio ou não para a escola, outros ainda que não acompanham o rendimento escolar das crianças, não comparecendo as reuniões escolares, não observando as atividades realizadas na escola, e nem procurando se informar.
      Atualmente a escola Farid Salomão está passando por muitas reuniões e discussões sobre os dados das avaliações externas, pois o que tem se observado é que aproximadamente 60% dos alunos apresentam conhecimento insuficiente para a série/ano, avaliado e 40% adequado ou avançado, isso em todas as avaliações (Prova Brasil, Saresp e ANA).

RECURSOS HUMANOS
EQUIPE PEDAGÓGICA
Número de Pessoal
Qualificação Profissional
Necessidades Formativas
2
Coordenador Pedagógico
Graduação em pedagogia
20
Professores PEB I
Magistério ou Pedagogia
8
Professores PEB II
Graduação na área que ministra aula: Ed. Física, Arte, Música e Inglês.
1
Professor Mediador
Graduação em Pedagogia
EQUIPE TÉCNICA
Número de Pessoal
Qualificação Profissional
Necessidades Formativas
2
Servente de limpeza
Ensino Fundamental
1
Merendeira
Ensino Fundamental
1
Inspetor de aluno
Ensino Médio
1
Porteiro
Ensino Fundamental
4
Estagiários
Cursando o Ensino Médio
EQUIPE ADMINISTRATIVA
Número de Pessoal
Qualificação Profissional
Necessidades Formativas
1
Diretor de Escola
Graduação em pedagogia e no mínimo 3 anos de experiência em sala de aula.
1
Auxiliar de Secretaria
Ensino Médio
NÚCLEO DE APOIO
Número de Pessoal
Qualificação Profissional
Necessidades Formativas
1
Coordenadora Educacional
Graduação em pedagogia e especialização em psicopedagogia

RECURSOS FINANCEIROS E MATERIAIS
FONTE DE RECURSOS: Programas do FNDE: PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), Mais Educação, Atleta na Escola.
Recurso
Ano
Valor
Bens adquiridos ou Serviços Realizados
PDDE
2014
R$5.600,00
Cantinhos para leitura, Reforma de cadeiras, mesas e armários, Aquisição de móveis para a sala da coordenação, Brinquedos para o parquinho da escola,
Mais Educação
2014
R$29.620,00
Aquisição dos kit’s  e monitoria para as modalidades: Tecnologias, Artesanato Popular, Horta, Esporte e Lazer, Acompanhamento Pedagógico
Atleta na Escola
2013
R$1.123,00
Materiais esportivos para a modalidade atletismo
FONTE DE RECURSOS: PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) PNATE (Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar)
Recurso
Ano
Livros Recebidos
PNLD
2012 a 2015
Livros didáticos para todos os alunos do 1º ao 5º ano, das disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia.
PNAE

2014
Alunos do Fundamental I (Período Integral) R$ 1,00 por aluno por dia
Aluno do Fundamental I, (Período Parcial) R$0,30 por aluno por dia
PNATE

2014
R$29.745,49
PATRIMONIO:  A Unidade Escolar Farid Salomão possui 370 itens de patrimônios, esse registro consta na prefeitura e nos arquivos da escola.
            Em relação aos demais equipamentos, a escola conta com salas de aulas equipadas com carteiras, cadeira, lousa e mural. A sala de vídeo está equipada com computador, televisão, vídeo, DVD, data show e telão.
                Ainda há no ambiente escolar 32 câmeras de vídeo, para monitoração de toda área. A Sala de Recursos é totalmente equipada com computadores, jogos, DVDs e diversos materiais para o trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais.
              Quanto aos materiais pedagógicos, à escola conta com variedade de jogos de diversas áreas, material dourado, cuisinaire, quebra cabeça, acervos literários, materiais esportivos em geral, máquina fotográfica, máquina de xerox, caixa de som amplificada, microfones, rádio e projetor.
              Na parte administrativa, a escola possui computadores e impressoras para realização do trabalho, além daqueles destinados ao uso dos professores, com acesso à internet.
              A comunidade escolar acompanha o andamento em relação aos investimentos destinados a escola através do Conselho de escola, Conselho do Fundeb e Conselho de Alimentação. E são os representantes desses colegiados os responsáveis por debaterem o que será necessário adquirir para a manutenção do ensino, assim, como prestar contas do que foi gasto, através de divulgação na reunião de pais, mural da escola e nas reuniões dos conselhos e APMs.
            Percebe-se que nem sempre os recursos são suficientes para chegar ao que se espera, no entanto, é realizado um planejamento e as prioridades são elencadas em assembleias.
            O que se observa é a participação mais ativa do conselho escolar e APM, nas decisões da escola, pois nesse momento é possível reunir membros de todos os segmentos, e as medidas adotadas são comunicadas aos demais. Entretanto, há decisões que são tomadas levando em conta a opinião da maioria, sobretudo aquelas que envolvem normas de convivência, mas há também aquelas decisões que a equipe gestora verifica a necessidade de ser implantada e somente comunica aos interessados.